Ator e diretor Lee Taylor dirige “O Chá”, primeiro longa do Núcleo Artemísia, ambientado na São José dos Campos dos anos 1940, com forte protagonismo feminino
Reconhecido por sua atuação em produções como “Velho Chico”, “A Dona do Pedaço” e “Irmandade”, o ator e diretor Lee Taylor assume a direção de seu primeiro longa-metragem autoral, o filme “O Chá”. O projeto é idealizado pelo Núcleo de Mulheres Escritoras Artemísia, coletivo formado por roteiristas de São José dos Campos (SP), e produzido pela Master Shot com financiamento público da Lei Paulo Gustavo e do ProAC ICMS.
Ambientado na São José dos Campos da década de 1940, o longa conta a história de Alice, uma arquiteta cujos projetos foram decisivos para a industrialização da cidade, embora os créditos oficiais tenham sido atribuídos a seu marido. Ao retornar à antiga fazenda da família, Alice reencontra Wilda, a mulher que a criou, e enfrenta memórias que desafiam seu presente.
O elenco reúne talentos como Marcella Arnulf — atriz e roteirista do projeto —, Luci Pereira, Larissa Nunes, Maurício Destri e Marat Descartes, destacando a força feminina tanto na criação quanto nas atuações.

Leo Grego, Marcella Arnulf e Lee Taylor nos bastidores do filme ‘O Chá’
Para Lee Taylor, a direção do filme representa um desafio artístico e uma oportunidade de aprofundar temas relevantes, como memória, identidade e poder. Ele ressalta o caráter simbólico e psicológico da protagonista e valoriza o protagonismo feminino como parte central do projeto. “Tenho uma inclinação natural para dialogar com artistas mulheres, algo presente em meus trabalhos anteriores no teatro”, comenta.
“O Chá” também é o primeiro longa de ficção contemplado por edital público municipal em São José dos Campos, refletindo um momento significativo para o cinema nacional. O diretor destaca que o interior paulista não é apenas cenário, mas elemento vital para contar uma história complexa e universal, contribuindo para a descentralização das narrativas no audiovisual brasileiro.
Atualmente em fase de pré-produção, o filme busca apoio por meio da renúncia fiscal do ICMS e de financiamento coletivo pela plataforma Catarse (catarse.me/o_cha_filme).
A expectativa é que “O Chá” amplie a voz das mulheres na produção audiovisual e aprofunde o diálogo sobre questões culturais e sociais, a partir de uma trama envolvente e profundamente ligada às raízes regionais.
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