O valor médio do benefício alimentação foi de R$ 426,8, o que representou um incremento real (isto é, acima da inflação) de 4,4% em relação a dezembro de 2023, segundo estudo Alelo/Fipe
Dados do Panorama de Benefícios Brasil apurado pela Alelo, especialista em benefícios, gestão de despesas corporativas e incentivos, em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), mostram que em dezembro de 2024 o valor médio do benefício alimentação concedido a trabalhadores celetistas atingiu R$ 426,8, com um crescimento real de 4,4% em comparação a dezembro de 2023. Já o benefício refeição registrou alta real de 4,3%, alcançando R$ 519,5. Ambos os benefícios cresceram acima da inflação computada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), computado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Setorialmente, os maiores valores mensais foram observados entre trabalhadores da construção e serviços para alimentação, e entre os setores de agropecuária e indústria para refeição. No cenário regional, o Distrito Federal, Espírito Santo, Paraná, Rio de Janeiro e Mato Grosso lideram os pagamentos do benefício alimentação, enquanto Alagoas, São Paulo, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul se destacam na modalidade refeição.

Além dos valores médios, o Panorama de Benefícios Brasil, da Fipe/Alelo aponta que o gasto médio por transação sofreu uma queda – 2,7% para o benefício alimentação (R$ 98,7) e 2,5% para o refeição (R$ 44,2) –, possivelmente reflexo de preços mais baixos dos produtos ou de uma maior pulverização das compras. A análise também mostrou que, em dezembro, a duração média do benefício alimentação foi de 15 dias corridos (alta de 2,7% em 12 meses), enquanto o benefício refeição apresentou utilização média de 22,5 dias, 1,1% inferior à do ano anterior.
No que diz respeito ao poder de compra, os dados do estudo da Fipe/Alelo indicam que o benefício alimentação passou a representar 54,6% do custo de uma cesta básica de referência – um avanço de 1 ponto percentual – e o benefício refeição correspondeu a 43,8% do valor total de 22 refeições, permitindo custear aproximadamente 10 refeições durante o mês.
As variações notadas pela pesquisa Panorama de Benefícios Brasil, da Fipe/Alelo, podem estar relacionadas a mudanças no comportamento dos consumidores diante de mudanças nos valores recebidos e também nos preços de alimentação em domicílio e fora do domicílio, entre outros fatores que afetam o poder de compra. Desse modo, os dados apurados trazem um contexto positivo para o mercado de trabalho e refletem um cenário aquecido globalmente, que opera em níveis recordes de ocupação, ganhos de renda acima da inflação e uma das menores taxas de desemprego do histórico.
A pesquisa Panorama de Benefícios Brasil* referente à dezembro de 2024 também traz mais alguns insights interessantes, como:
- Gasto médio por transação com os benefícios Vale Alimentação e Vale Refeição: o valor médio gasto em transações com o benefício alimentação foi de R$ 98,7 em dezembro de 2024, o que corresponde a uma queda real de 2,7% em relação ao mesmo mês de 2023. No caso de refeição, o recuo apurado foi de 2,5% nos últimos 12 meses, para R$ 44,2. A redução no valor médio por transação pode ser reflexo de preços menores dos produtos e serviços consumidos e/ou pulverização dos gastos em compras de menor valor ao longo do período analisado.
- Contribuição média do benefício na renda do trabalhador Celetista: em termos comparativos, o valor médio do benefício alimentação em dezembro de 2024 correspondeu a cerca de 13,9% do rendimento médio recebido mensalmente por trabalhadores empregados com carteira assinada (R$ 3.000). Essa proporção cresceu marginalmente em 12 meses (+0,2 p.p.). Quanto ao benefício refeição, o valor mensal recebido pelos trabalhadores com carteira assinada correspondeu a 16,9% do rendimento médio mensal, resultado que também não apresentou variação discreta em relação a dezembro de 2023. Para aqueles que receberam ambos os benefícios, a soma dos seus valores médios representou um acréscimo de 30,8% à renda mensal.
*Elaboração pesquisa Panorama de Benefícios Brasil: Fipe, a partir de dados da Alelo, Ministério do Trabalho e Emprego, IBGE, DIEESE, ABBT, Projeto Salariômetro (Fipe) e variações calculadas em termos reais com base no índice IPCA (IBGE).
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