Com exposições fixas sobre a biodiversidade marinha e do manguezal, ponto de observação de aves sobre a Lagoa de Araruama, trilha autoguiada e um esqueleto de uma baleia-jubarte em tamanho real, o Centro de Visitação do Projeto Albatroz, patrocinado pela Petrobras, terá um dia de entrada gratuita para todas as idades no dia 15 de novembro, feriado nacional da Proclamação da República em comemoração ao aniversário da cidade de Cabo Frio (RJ). Para participar da ação, basta comparecer à bilheteria, localizada na Av. Wilson Mendes, s/n, Porto do Carro, das 10h às 17h.
O local, que também é a sede do Projeto Albatroz na cidade, foi inaugurado em setembro do ano passado, com uma festa que reuniu mais de mil pessoas, shows, atividades culturais e de educação ambiental. Durante o passeio nos quatro pavilhões de exposição, os visitantes conhecem a história da instituição na conservação de albatrozes e petréis, aves ameaçadas de extinção; aprendem mais sobre a relação das aves com a pesca, o impacto do lixo no oceano, além de medidas simples que podem diminuir a captura incidental.
Além disso, também aprendem sobre a riqueza da fauna típica do manguezal, tão importante para a formação do oceano; e os grandes animais marinhos protegidos pela Rede Biomar, que é formada pelos projetos Albatroz, Baleia Jubarte, Coral Vivo, Golfinho Rotador e Meros do Brasil, além da Petrobras. Nessa etapa da visita, é possível avistar esqueletos de albatrozes montados por técnicos do Projeto, uma réplica de casal de albatroz-de-sobrancelha-negra (Thalassarche melanophris) em tamanho real, além de um esqueleto de baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae).
Segundo o coordenador de educação ambiental do Projeto Albatroz, Paulo Salomão, a ideia de criar o dia de entrada gratuita vem ao encontro do desejo da instituição de envolver cada vez mais com os moradores e turistas da cidade. “Acreditamos que é preciso conhecer para conservar, por isso, queremos que todos tenham a oportunidade de ter um contato mais próximo com a cultura oceânica e com a mensagem da importância da conservação marinha”, explicou.
Para Daniele Rocha, coordenadora do Centro de Visitação do Projeto Albatroz, atividades gratuitas aproximam o público do espaço, se apropriando e fazendo parte dele. “Com a chegada de grandes feriados prolongados e também das férias de verão, queremos trazer atividades para os visitantes e inserir o nosso centro na rota turística da cidade, que é um dos principais destinos nessa época do ano”, analisou.
SProjeto Albatroz
Reduzir a captura incidental de albatrozes e petréis é a principal missão do Projeto Albatroz, que tem o patrocínio da Petrobras desde 2006. O Projeto, nascido em Santos (SP), no ano de 1990, é coordenado pelo Instituto Albatroz – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) que trabalha em parceria com o poder público, instituições de ensino, empresas pesqueiras e pescadores, desenvolvendo pesquisas científicas para subsidiar políticas públicas e a promoção de ações de Educação Ambiental junto aos pescadores, jovens e às escolas. O resultado deste esforço tem se traduzido na formulação de medidas que protegem as aves, na sensibilização da sociedade quanto à importância da conservação dos albatrozes e petréis para o equilíbrio do meio ambiente marinho e no apoio dos pescadores ao uso de medidas para reduzir a captura dessas aves no Brasil.
Atualmente, o Projeto Albatroz mantém bases de pesquisa em quatro estados brasileiros e, em 2023, inaugurou seu primeiro Centro de Visitação e Educação Ambiental Marinha em Cabo Frio (RJ), com exposições, trilhas autoguiadas, ponto para observação de aves e realização de atividades de educação ambiental em uma das regiões com maior ocorrência de albatrozes e petréis da costa brasileira. O Instituto Albatroz, que realiza o Projeto Albatroz, também executa o Programa de Monitoramento de Praias (PMP) em um trecho de 54 km, em diversas praias das cidades de Cabo Frio, Arraial do Cabo e Búzios, na Região dos Lagos.
O Projeto Albatroz estima que cerca de 300 mil aves marinhas sejam capturadas incidentalmente pela pesca de espinhel todos os anos no mundo, sendo 30 a 40 mil albatrozes e petréis. Para diminuir esse número, a instituição participa ativamente de órgãos e planos nacionais e internacionais como o Acordo para a Conservação de Albatrozes e Petréis (ACAP), Plano Nacional de Conservação de Albatrozes e Petréis (PLANACAP), Comissão Internacional para a Conservação do Atum Atlântico (ICCAT), entre outros, compartilhando pesquisas e desenvolvendo estratégias de conservação.
Mais informações: www.projetoalbatroz.org.br
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