- Com o crescimento do fanatismo, no Brasil atual e no mundo, a peça propõe um olhar amplificado sobre o fenômeno e seus mecanismos de contágio dentro da sociedade.
- Os atores dão vida a mais de dez personagens em sete cenas aparentemente independentes, que se interligam através da migração de um personagem da cena anterior para a seguinte, impregnado pelo fanatismo adquirido, que será passado ao próximo interlocutor.
“Nunca vi um fanático com senso de humor. Sobretudo humor autodepreciativo. Se você tem um tipo de humor que lhe permite rir de si mesmo, você é imune ao fanatismo”, diz o escritor israelense Amós Oz, autor do livro “Como Curar um Fanático”.
Essa reflexão motivou a criação da peça “Fanatismo Contagioso”, que reflete sobre as variadas formas de fanatismo a partir da perspectiva da comédia, mostrando que, quanto mais radicalizado é o comportamento de um extremista, mais perto do ridículo ele se encontra.
A peça lança um olhar bem-humorado sobre os perigos do fanatismo, um fenômeno mundial – seja ele político, religioso, esportivo ou até ligado a discursos de “coaches” ou culto a celebridades. Nos anos recentes, o Brasil tem experimentado um crescimento alarmante do fanatismo, marcado pelo apoio cego a líderes políticos, pela intolerância religiosa e consequente clima de hostilidade e divisão.
Um fanático em geral não se considera um fanático. E como buscar uma cura ele não se vê “doente”? E não sendo visto como patológico, o fanatismo se espalha como praga que contamina as pessoas de forma implacável, dando origem a todo tipo de radicalismo.
É justamente o conceito de contágio que estrutura esta comédia, formada por sete cenas aparentemente independentes que se interligam através de um personagem que migra de uma cena à outra, levando o fanatismo adiante.
SINOPSE
Sete histórias sobre diferentes expressões do fanatismo, em que um personagem da cena anterior migra para a seguinte levando consigo um comportamento fanático que vai impregnar o outro, formando assim uma cadeia de contágio.
A MONTAGEM
O cenário de Mina Quental cria três espaços – um central, que serve como área de cena dos atores, o “lugar do jogo”, onde acontecem as sete histórias; e dois laterais, em que os atores abandonam os personagens e comentam a ação, como narradores.
PALAVRA DA EQUIPE
“Nos últimos anos, vemos ganhar destaque na mídia o personagem ‘Fanático’. Mais do que na mídia, convivemos com ele nas nossas famílias, círculos de amizade, redes sociais. De uma hora pra outra os fanáticos decidiram se espalhar que nem Gremlins, como se um validasse o surto do outro. Através de piadas ácidas, o espetáculo se propõe a refletir sobre o fanatismo e como de fato temos que lutar para curar essa doença.”, explica o diretor, Pedro Cadore.
“Essa peça fala de algo que é importante para todos nós da equipe. É o encontro com risadas de algo que é muito presente no Brasil atual. A função da comédia é meio que essa, na minha opinião. E quando você consegue fazer isso com pessoas tão talentosas, é melhor ainda! Posso até afirmar que já fiquei fanático por essa peça.”, afirma Hernane Cardoso, ator.
“Esse espetáculo é uma injeção de ânimo pra mim, ele renova a minha alegria em atuar. Uma construção coletiva que tem o intuito de divertir o público, tocando em temas áridos e atuais. Ter a sala de ensaio como um parque de diversões é um presente para o ator, e aqui nós tivemos isso.”, completa Anderson Cunha, ator.
Serviço
ESTREIA: dia 30 de janeiro (5ªf), às 20h
ONDE: Teatro das Artes / Shopping da Gávea
HORÁRIOS: às 5ªf, às 20h / INGRESSOS: R$80 e R$40 (meia) na bilheteria ou em https://divertix.com.br/teatro/fanatismo-contagioso / CAPACIDADE: 400 espectadores / DURAÇÃO: 50 min / GÊNERO: comédia / CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 14 anos / ACESSIBILIDADE: sim / TEMPORADA: até 27 de fevereiro
FOTOS: https://drive.google.com/drive/folders/1ubMAPHfkzupHoh8Kz5htw5mlAwEXcgLW?usp=share_link
FICHA TÉCNICA
Texto: Bruno Bloch
Direção: Pedro Cadore
Elenco: Anderson Cunha e Hernane Cardoso
Diretor Assistente: Lucca Valor
Luz: Paulo Cesar Medeiros
Cenografia: Mina Quental
Figurino: Giovanna Moretto
Coreografia: Fabiana Valor
Direção de palco: Marcinho Domingues
Produção: Hernane Cardoso e Rica Grandi
Assistência de Produção: Maria Soares
Assessoria de Imprensa: JSPontes Comunicação – João Pontes e Stella Stephany
BRUNO BLOCH – autor
Roteirista com experiência em TV, cinema e podcasts. Recentemente, escreveu o longa “Hotel Amor”, coprodução Brasil/Portugal, com Marcelo Adnet, e a audiossérie original Audible “Método Exposto”, em parceria com a B9. Para o cinema, foi roteirista do longa “B.O.”, indicado ao prêmio ABRA na categoria “melhor roteiro de longa de comédia”. Também foi roteirista do longa “Tamo Junto”, exibido no Festival de Cinema de Gramado. Para TV, é roteirista da série “Bugados”, do Gloob. Também foi cocriador e roteirista da série “Vendemos Cadeiras” para o Multishow. É também apresentador do “Primeiro Tratamento”, maior podcast sobre roteiro do Brasil.
PEDRO CADORE – diretor
Pedro Cadore dirigiu, escreveu e produziu o longa-metragem “B.O.”, vencedor do Los Angeles Brazilian Film Festival 2018 e teve sua estreia em maio/2019, agora disponível pelo Canal Brasil no serviço de VOD. Ainda no audiovisual, escreveu e codirigiu o longa “Tamo Junto”, disponível pela Netflix. Criou e dirigiu a websérie “Voluntários 343”, indicada aos prêmios de Melhor Série Digital, Melhor Direção e Melhor Ator no RioWebFest 2017. Dirigiu as peças de teatro “O Diabo não pode ser POP”, “5 contra nem 1” e “Desconcertados”. Em 2019 também dirigiu e fez a dramaturgia do musical “Belchior: ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro” em cartaz desde 2019 até o momento. Durante a pandemia, foi diretor assistente do longa “Álbum em Família”, participante do Festival de Gramado 2021.
ANDERSON CUNHA – ator
Anderson Cunha é ator, diretor e autor/roteirista com mais de 25 anos de carreira. Adaptou, dirigiu e atuou no espetáculo “Sonho de uma noite de São João” com a supervisão do Paulo Betti. Assumiu a direção de José Wilker no espetáculo “O Comediante” com Ary Fontoura. Criou o personagem “Missionário da Arte” e escreveu e codirigiu o seu solo “O Rei da Glória”. Foi, por um ano, coordenador do Ciclo de leituras da Casa da Gávea. Foi idealizador e protagonista do espetáculo “Sucesso”, de Leandro Muniz.
Foi roteirista da última temporada do programa “Os suburbanos” do Rodrigo Sant’Anna, no Multishow. Fez a oficina de “Novos autores de humor” da Rede Globo, em 2018. Escreveu junto com o Maurício Rizzo três shows pra Ipiranga – em 2019 com a apresentação de Marcelo Adnet, em 2020 com a apresentação de Rodrigo Santa’Ana, Fernando Caruso e Thati Lopes e em 2021 com Fernando Caruso e Mariana Cabral.
Participou de dezenas de espetáculos com renomados autores contemporâneos e, também, clássicos como Lorca, Nelson Rodrigues, Gil Vicente e Shakespeare. Já trabalhou com diretores como Paulo Betti, Cristina Pereira, Antônio Gasssi, Bruce Gomlewsky, Benvindo Sequeira, Henrique Tavares, Márcio Trigo, Daniel Dias da Silva e outros. Fez dezenas de participações em novelas e séries.
HERNANE CARDOSO – ator
Hernane Cardoso começou no teatro aos dez anos de idade. Em 2007 entrou para o Teatro O Tablado, onde continua até hoje. Lá, trabalhou e estudou com importantes nomes do teatro carioca como Cacá Mourthé, Ernesto Piccolo, Guida Vianna, Bernardo Jablonski, João Brandão, Viviana Rocha, Andreia Fernandes, Tita Nunes, entre outros. Das peças em que trabalhou, destacam-se “Tem Bola na Cola”, musical infantil de Sergio Fonta; “O Bravo Soldado Schweik”, de Bernardo Jablonski; “A Menina e o Vento”, de Maria Clara Machado, com direção de Cacá Mourthé; “Stand Up”, de Matheus Souza; “Peça Ruim”, de Daniel Belmonte; “O Diabo não pode ser Pop”, de Bruno Bloch e Rodrigo Salomão; “O Autofalante”, de Pedro Cardoso (voz off).
Hernane também é autor e diretor. Além de trabalhar como assistente de Andréia Fernandes em sua turma n’O Tablado, escreveu e dirigiu várias peças e roteiros, com destaque para a websérie “Bastava dizer eu te amo”, que escreveu e dirigiu, e que está no ar no Youtube. Também escreveu e dirigiu o espetáculo “Paz sem rosto”, em parceria com Andréia Fernandes, ganhando o prêmio de melhor espetáculo no festival Kids on Stage 2016 em Dresden, Alemanha. Como assistente de direção, trabalhou em “Testosterona”, direção de Leandro Hassum; “O Homem Primitivo”, de Pedro Cardoso e Graziella Moretto e seu último trabalho foi como assistente de direção de Fábio Porchat no espetáculo “Agora é que são elas!”.
No cinema, integra o elenco do longa “B.O – O Filme”, Filme de Daniel Belmonte, Pedro Cadore e Bruno Bloch, em coprodução com o Canal Brasil.
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