Ícone do site Aurora Cultural

Martinho, Coração de Rei – o musical encanta e diverte espectadores no Teatro Riachuelo, no Rio de Janeiro

Foto: Divulgação

O tempo passa e ele fica cada vez melhor. Onde toca é garantia de sucesso. Pelo menos foi isso que eu e centenas de pessoas perceberam durante o Ensaio Aberto de MARTINHO, CORAÇÃO DE REI – O MUSICAL”, no Teatro Riachuelo, na Cinelândia, na quarta-feira chuvosa no Rio de Janeiro.  A direção de Miguel Falabella, sentado no meio da plateia, está um primor assim como a entrega do elenco que era aplaudida a cada música entoada pelos personagens e que faziam nos remeter a toda a vida do artista, nascido em Duas Barras, pais de oito filhos e ícone da Escola de Samba Unidos de Vila Isabel.

A noite nem era de estreia, que acontece nesta sexta-feira (10 de janeiro) no mesmo teatro que abriu as portas para o ensaio, mas parecia uma festa tamanha a alegria estampada no rosto das pessoas. Uma das grandes sacadas foi o protagonista ser interpretado por quatro atores e o encontro de Martinho da Vila com Noel Rosa é uma das boas licenças poéticas que o teatro permite aos atores e aos espectadores. Palmas também para quem assina o figurino e a iluminação.

A história, que não foi contada em ordem cronológica, era entendida com perfeição e cada composição era um bálsamo para os ouvidos e levava muita gente nos porões da memória, inclusive para a época da ditadura. Em um trecho da peça, uma frase muito importante:  “o racismo é uma doença que tem cura’’.

Um pouco mais sobre a peça

“Martinho, Coração de Rei – O Musical” mergulha nas raízes africanas do mestre sambista Martinho da Vila, revelando a profunda influência da Folia de Reis e de outras manifestações culturais afro-brasileiras em sua obra. A dramaturgia da renomada especialista em África, Helena Theodoro, inspirada em sua pesquisa sobre o continente africano e na biografia “Martinho da Vila: Reflexos no Espelho” de sua autoria, celebra a força da ancestralidade e a riqueza da cultura negra.

Dividido em dois atos com duração de 150 minutos com 15 minutos de intervalo, o espetáculo passa pelo homem de família, pelo compositor, que foi militar, apaixonado por futebol e chega ao carnaval, às grandes e ancestrais rodas de samba – inclusive neste momento da Roda de Samba, teremos a participação de grandes nomes do samba. No palco, um time de bambas, 20 talentosos atores-cantores-bailarinos e 8 músicos dão vida a essa história, entre os quais temos a felicidade de contar com netos de Martinho: a atriz, cantora e dançarina Dandara Ventapane e o músico Guido Ventapane.

O espetáculo movimenta mais de 300 empregos diretos e indiretos gerados neste período desde a concepção até o fim da temporada, conta com mais de 250 figurinos criados pelo premiado Cláudio Tovar e confeccionados por colaboradoras do empreendimento social Tereza com apoio do Instituto Humanitas360. Por meio dessa parceria, nove mulheres egressas do sistema prisional estiveram costurando e bordando as peças em ateliê instalado na Oficina Cultural Oswaldo Andrade. Soma-se uma cenografia ágil, surpreendente, e uma seleção músicas de Martinho da Vila que certamente todo mundo já conhece. Esperamos por todos e todas, para celebrar a história do samba e se conectar com suas raízes africanas.

FICHA TÉCNICA

Um espetáculo de Miguel Falabella

Elenco em ordem alfabética

Banda

Percussão: Denis Lisboa e Guido Ventapane
Baixo elétrico: Nino Nascimento
Bateria: Andre Boxexa
Cavaquinho: Jayme Vignoli
Violão 7 cordas: Josimar Carneiro
Piano e sanfona: Kiko Horta
Flauta, clarinete e saxofone: Joana Saraiva
Pianista ensaio: Marcio Guimarães Percussão Ensaio: Denis Lisboa

SERVIÇO “MARTINHO CORAÇÃO DE REI, O MUSICAL” – ESTREIA 10 DE JANEIRO

Sessões

Quinta a Sábado às 20h e Domingo às 19h

VALOR DE INGRESSO

Plateia Vip (Tom Maior): 200,00

Plateia (Casa de Bamba): 150,00

Balcão Nobre (Vila Isabel) : 100,00

Balcão Superior (Canta Canta Minha Gente) : 39,00 

Foto: Divulgação

Sair da versão mobile