“A mulher do futuro” investiga filmes brasileiros dirigidos por mulheres que usam fantasia, horror e ficção científica para pensar o país e a condição feminina.
Ensaio nasce de pesquisa sobre protagonismo feminino em narrativas distópicas
O livro A mulher do futuro — Filmes, feminismos e distopias brasileiras reúne reflexões originadas da pesquisa A Mulher Distópica (Unicamp, 2021–2024), dedicada a analisar 21 filmes dirigidos por mulheres — e outros três por homens — lançados na última década e situados entre fantasia, ficção científica e horror.
A seleção inclui títulos como Medusa, Rachel 1.1, Mormaço, Cidade; Campo, O Clube das Mulheres de Negócios, Grande Sertão, Mulher Oceano, Lispectorante, Vaga Carne e Tremor Iê, entre outros. O livro investiga como tais obras acionam o fantástico para discutir país, corpo e poder sob a ótica do feminino.
Fantástico, identidades e política do imaginário
A autora examina o trabalho de cineastas como Clarissa Campolina, Anna Muylaert, Anita Rocha da Silveira, Glenda Nicasio e Renata Pinheiro, observando temas como totalitarismo, racialização, identidade e revolução.
Filmes como Sem Seu Sangue, A Nuvem Rosa, Medusa, Los Silencios e Campo; Cidade são lidos em diálogo com o cinema de gênero, utopias e distopias, com apoio teórico de Tzvetan Todorov, Barbara Creed, Laura Mulvey, Margaret Atwood e de pesquisadores brasileiros dedicados à tendência.
O livro discute também o lugar do fantástico e do realismo mágico como expressão do imaginário nacional — um país em permanente disputa de identidade — e destaca que a presença das mulheres nesse debate tornou-se incontornável.
Sobre a autora e a edição
A autora Luiza Lusvarghi é jornalista e pesquisadora de cinema, integrante do Genecine/Unicamp e da Abraccine. Publicou O Crime como gênero na ficção audiovisual da América Latina e coorganizou Mulheres atrás das câmeras.
A mulher do futuro — Filmes, feminismos e distopias brasileiras Editora: Selo Phantastika — São Paulo 163 páginas | Formato 16×23 cm Preço de lançamento: R$ 70


 
 