Madu Sansil lança primeiro livro com poesia visceral e afetiva sobre si e o Recife

Com poemas escritos ao longo de 12 anos, “às vezes esqueço como respirar” reúne reflexões sobre amor, existência e a cidade como espelho da alma

A escritora recifense Madu Sansil estreia na literatura com o livro “às vezes esqueço como respirar” (Editora Mondru), uma coletânea de poemas que percorre os temas do autoconhecimento, das relações humanas e da relação afetiva com o Recife. A obra, que reúne escritos produzidos entre 2012 e 2024, traz uma poesia íntima, densa e livre de amarras formais.

Com 88 páginas, o livro não segue divisões por capítulos ou temáticas rígidas. “Os poemas conversam entre si de maneira livre, porque acredito que a existência também é assim: fragmentada, às vezes confusa, mas cheia de sentido nas entrelinhas”, afirma a autora.

Ao longo dos versos, Madu passeia entre o egocentrismo confessional e o desencanto amoroso, entre a observação do outro e o olhar poético sobre sua cidade natal. Recife não é apenas cenário, mas personagem — pulsante, contraditório, ferido e sagrado. No poema “Ode assimétrica ao Recife”, ela escreve:

“Recife,
minha poesia atemporal / cidade que declama / a cada passo dado à frente / fora do lugar”

Madu começou a escrever poesia aos 14 anos e ganhou notoriedade entre 2013 e 2016 com sua página “Maria, espia só”, nas redes sociais. Após um hiato de publicações, ela retorna com um livro que marca sua liberdade poética e o reencontro com a voz que amadureceu ao longo de doze anos de escrita silenciosa.

Graduada em Letras pela UFPE, onde também cursa mestrado em Linguística, Madu atua como professora da rede pública em Pernambuco e se define como multiartista — atuando também nas artes plásticas e com projetos sociais ligados à educação.

“Este livro é, para mim, ao mesmo tempo retorno e liberdade”, resume a autora.

📖 Adquira o livro no site da editora Mondru:
https://mondru.com/produto/as-vezes-esqueco-como-respirar

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