Depois de um período de silêncio e reconstrução, o estilista Eduardo Amarante retorna à moda com uma de suas coleções mais pessoais e simbólicas. Intitulada “CURA”, a nova fase marca um recomeço profundo em seus 26 anos de carreira, revisitando memórias, afetos e cicatrizes que o moldaram como artista.
Uma coleção que fala de alma e transformação
Conhecido por vestir nomes como Maiara & Maraisa, Daniela Mercury e Paula Fernandes, Eduardo agora volta o olhar para dentro. “CURA é uma coleção que fala de alma, de tempo e de transformação. Cada peça carrega fragmentos da minha história — os signos de tudo o que vivi, criei e superei”, afirma o estilista.
Moda como experiência sensorial
O lançamento aconteceu em 28 de outubro, na Casa da Donanna, em São Paulo. Longe do formato tradicional das passarelas, “CURA” foi apresentada como uma experiência imersiva e sensorial em uma casa centenária. O público foi convidado a percorrer os ambientes e acompanhar modelos em pequenas encenações, transformando a coleção em uma narrativa viva, poética e envolvente.
Durante a apresentação, a cantora Kell Smith interpretou a trilha sonora ao vivo, reforçando a carga emocional e simbólica da experiência — um verdadeiro fashion film ao vivo que une moda, performance e música em uma só expressão artística.
“Após um ano distante da moda, eu entendi que o silêncio também fazia parte da minha reconstrução. Quando encontrei o caminho dessa coleção, percebi que o meu trabalho era também o meu caminho de cura. CURA nasceu desse lugar de me refazer, de transformar o que doeu em beleza. As roupas falam de tudo o que eu tentei esconder: os medos, os abusos, as cicatrizes. E mostram que, quando sobrepostas, essas marcas também desenham o belo. Desconstruir os looks foi como me desconstruir. É nesse ato que o corpo encontra liberdade e o espírito, cura”, compartilha Eduardo Amarante.
Autoconhecimento e redenção estética
Em “CURA”, Eduardo revisita suas criações mais marcantes sob uma nova perspectiva, unindo passado e presente em uma jornada de autoconhecimento e redenção estética. As formas fluidas, as texturas orgânicas e as cores suaves expressam o caminho de quem entende que a moda, antes de vestir o corpo, precisa tocar o íntimo.
Mais do que uma coleção, “CURA” é um processo de renascimento — uma reflexão sobre o poder da arte como ferramenta de transformação e reencontro com a própria essência.

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