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Marina Baggio, artista plástica, cantora e compositora, lança hoje seu primeiro álbum “Kissila”, com participação de Roberto Mendes, Cézar Mendes e Chico Brown

Marina Baggio, artista plástica, cantora e compositora, lança hoje seu primeiro álbum “Kissila”, com participação de Roberto Mendes, Cézar Mendes e Chico Brown

Foto: Divulgação

Marina Baggio é um ser inquieto – pensadora, artista plástica, filmaker, fotógrafa, designer, cantora e compositora. Suas produções artísticas evocam itinerários e movimentos sensíveis em uma investigação estética que batizou de “Bahia oriental”. Nascida em 1996, passou a infância em Salvador, próxima ao mar, ouriços, coqueiros e bananeiras, que tanto marcam seu trabalho na pintura e fotografia, e se tornou cidadã do mundo muito cedo ao se mudar para China para trabalhar como modelo aos 16 anos.

Ouça aqui https://open.spotify.com/album/4gAj9WVvmLApf6zRAS3cVo?si=937j8sH5TbyKFHi6lTsX6g

Depois, atuando nas artes plásticas e imagens, rodou meio mundo com exposições, rabiscando paredes, instalações e telas até fazer sua primeira exposição individual em Lisboa, Portugal, em 2023. Para ela assim escreveu Manuela Dias: “Marina desenha como se fosse a maré enchendo. Toca violão e canta como quem faz silêncio e sorri. Quando filma, gera imagens que nos mostram o mundo como a gente queria que ele fosse”.

Marina Baggio, artista plástica, cantora e compositora, lança hoje seu primeiro álbum “Kissila”, com participação de Roberto Mendes, Cézar Mendes e Chico Brown
Divulgação

Na volta ao Brasil abriu seu próprio ateliê onde uma geladeira azul anos 50, sem o motor, é recheada de tudo que é tipo de papel, tintas e materiais que gosta de usar. E abraçou de vez também a música.

“Kissila”, este seu primeiro álbum que está disponível em todas as plataformas digitais a partir de hoje, 13 de março pelo selo Atabaque, foi produzido por Dadi. Com nove faixas, sendo oito autorais e um dueto especial com Roberto Mendes, celebra a riqueza da música brasileira em uma sonoridade única e sofisticada. Para dar vida a esse trabalho, um verdadeiro time de mestres se reuniu: Cézar MendesChico BrownMarcelo Costa e Tomás Improta, músicos que imprimem autenticidade profunda em cada nota. A fusão de influências, ritmos e melodias faz de “Kissila” uma obra original que transborda identidade e sensibilidade musical e onde a tradição e a contemporaneidade se encontram. Os primeiros shows são em Porto Alegre, dia 15/03, sábado, na Casa Baka Arte e Cultura, e em Salvador, dia 22/03, sábado, Cinema do Museu Saladearte.

O álbumé uma colagem de linguagens e sonoridades que celebra a liberdade criativa e o poder dos encontros em suas diversas manifestações. É a materialização das inquietudes de Marina Baggio e tudo que inspira movimento. Vem acompanhado de seu primeiro filme – uma junção de seus clipes feitos para cada uma das músicas e leva o mesmo título do álbum – uma experiência de autorretrato feita ao longo dos anos dentro das suas criações visuais já  disponível no Youtube (https://youtu.be/ZU1AzK-OxLY?si=YLbngHfZi-koAb-f) . Ver aqui. O universo da música é uma novidade, mas também é a integração dos mundos, o poder de experimentar as múltiplas possibilidades e facetas de expressão.

A canção “Kissila”, que dá título ao álbum, “nasceu em Salvador – Bahia há anos atrás”, conta Marina. “Eu devia estar com a adrenalina muito alta ainda de um assalto na noite anterior para ter a ousadia e o impulso de convidar Caetano Veloso a escutar uma composição minha. Cantei pra ele, que foi super generoso em me ouvir, comentar e perguntou se eu tocava violão. Contei que ainda tocava mal, que tinha comprado um pra praticar há uma semana, que tinha até nome, que é o nome da prima de uma amiga que achei divertido, mas os ladrões levaram ontem, disse a ele, que lamentou e perguntou qual era o nome da canção. “Kissila”, respondi. Ele ficou quieto um tempinho e me falou: ‘Kissila é tipo beije her’. Não entendi nada e ele repetiu com muita calma: “Kis-si-la. Bei-je-her”. E lógico que era!”.

Clipehttps://youtu.be/cTjpHtMr7fk – Chave de Cadeia

“E aquela gentileza em prestar atenção, e mais até do que prestar atenção, observar os detalhes, encarei como um presente e compus essa canção. E naquele dia, quando Caetano perguntou sobre eu tocar violão, nem nos melhores sonhos pensei que anos depois viria a ter a oportunidade de aprender com o melhor professor e amigo que a vida poderia me dar, e ainda trabalhar com ele, meu mestre e mestre de tantos, Cézar Mendes, fio condutor dessa obra”, completa ela.

Da família Mendes, Marina também se uniu a Roberto Mendes, um dos maiores compositores santo-amarense,  e ganhou de presente dele a música “Gestos”, a única canção do álbum que não compôs. “Criei uma relação de família com Cezinha ao longo dos anos, o que trouxe também Roberto, seu irmão caçula, para minha vida. Sempre que o visitamos em Santo Amaro, fico encantada com suas histórias e canções, a ponto de nem querer expor as minhas, só escutá-lo. Então sempre a mesma provocação nas despedidas: “Me mande suas músicas que não vou viver pra sempre, minha filha. E a nossa?”. Ele ficou com orgulho de pai quando soube das gravações e, nós que acordamos com as galinhas, algum dia que estávamos falando da vida às 7h da manhã por ligação, brinquei com isso: “E a nossa?”. Roberto disse que ia me mandar e desligou. Minutos depois recebi a gravação de voz e violão dele e me tremi toda. Nem acreditei no que estava acontecendo e passei mal com a beleza da canção. Roberto me contou que compôs com seu parceiro e conterrâneo, Herculano Neto, anos atrás, e que nunca havia sido gravada. Nunca entendi e nem ousei perguntar o porquê de ter sido escolhida e presenteada com essa tarefa, mas abracei a responsabilidade fingindo costume e o convidei para um dueto comigo”, detalha Marina. 

“Kissila” traz ainda “Agora Só Penso em Você” (Marina Baggio, Cézar Mendes e Chico Brown), a bossa nova “Delícia Demais” (Marina Baggio e Cézar Mendes) que conta com o assobio delicioso de Cézar, o samba cadenciado “Chave de Cadeia” recheaddeviolões, baixo, bandolins, teclados e guitarras de Dadi e mais o blue “Sujeita à Cobrança” comarranjo e piano de Tomás Improta,“Não Aperte Minha Mente”, com as percussões iluminadas de Marcelo Costa, e “Jailbreak”, versão em inglês de “Chave de Cadeia”, e no final “Vinheita”, uma tradução pelas guitarras de Chico Brown do refrão de “Agora Só Penso em Você”, e, como é um instrumental para os créditos do álbum visual, brinca numa viagem de palavras em falar um eita antes do som para uma vinheta virar “vinheita”.

Ficha técnica

“Kissila”

Intérprete: Marina Baggio

Composição: Marina Baggio

Percussões: Marcelo Costa

Violões, baixo, teclados e guitarras: Dadi

“Agora Só Penso em Você”

Intérprete: Marina Baggio

Composição: Marina Baggio, Cézar Mendes e Chico Brown

Percussões: Marcelo Costa

Violões, baixo, teclados e guitarras: Dadi

“Delícia Demais”

Intérprete: Marina Baggio e Cézar Mendes

Composição: Marina Baggio e Cézar Mendes

Percussões: Marcelo Costa

Violão, baixo, teclados e guitarras: Dadi

Violão e assobio: Cézar Mendes

“Gestos”

Intérpretes: Marina Baggio e Roberto Mendes

Composição: Roberto Mendes e Herculano Neto

Piano: Tomás Improta

Percussões: Marcelo Costa

Baixo: Dadi

“Chave de Cadeia”

Intérprete: Marina Baggio

Composição: Marina Baggio

Percussões: Marcelo Costa

Violões, baixo, bandolins, teclados e guitarras: Dadi

Sujeita à Cobrança”

Voz: Marina Baggio

Composição: Marina Baggio

Piano e arranjo: Tomás Improta

Guitarra: Dadi

“Não Aperte Minha Mente”

Intérprete: Marina Baggio

Composição: Marina Baggio

Percussões: Marcelo Costa

Violões, baixo, teclados e guitarras: Dadi

“Jailbreak”

Intérprete: Marina Baggio

Composição: Marina Baggio

Percussões: Marcelo Costa

Violões, baixo, bandolins, teclados e guitarras: Dadi

“Vinheita”

Intérpretes: Marina Baggio e Chico Brown

Composição: Marina Baggio e Chico Brown

Guitarras: Chico Brown

Álbum: Kissila

Produzido por Dadi

Arranjos: Dadi, Marcelo Costa e Cézar Mendes

Arranjo: “Gestos” e “Sujeita à Cobrança”: Tomás Improta

Arranjo: “Vinheita”: Chico Brown

Mixado, editado e masterizado por Daniel Carvalho

Engenheiro de som/gravação: Bruno Sueiro

Período de gravação: julho-dezembro de 2024 no estúdio Nó de Marimba no Rio de Janeiro, exceto as vozes de “Gestos”, gravadas em janeiro de 2025 no estúdio Recôncavo em Salvador captadas por Gustavo Caribé

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