Estudo revela deficiências nutricionais graves em crianças. Pediatra alerta para riscos ao crescimento, cognição e imunidade.
A alimentação infantil no Brasil enfrenta um desafio urgente: 9 em cada 10 crianças apresentam deficiências em nutrientes essenciais como cálcio, ferro, vitaminas A, C, D e zinco. O dado preocupa especialistas e reforça a necessidade de atenção redobrada com a nutrição na infância, fase crítica para o desenvolvimento físico e cognitivo.
O médico Antonio Carlos Turner, pediatra e diretor técnico da rede de clínicas Total Kids, alerta:
“As consequências dessa nutrição deficitária podem ser significativas, impactando o crescimento, a saúde óssea, o comportamento, a capacidade de aprendizagem e aumentando a susceptibilidade a infecções”.
A dificuldade alimentar é uma realidade comum nos lares brasileiros. Fatores como falta de apetite, agitação à mesa, seletividade alimentar e porções muito pequenas fazem parte do cotidiano de muitas famílias. Estudos indicam que até 45% das crianças no mundo enfrentarão algum tipo de distúrbio alimentar ao longo da infância.

Segundo o pediatra, quando a dieta não supre todas as necessidades nutricionais, a suplementação infantil — sempre orientada por um profissional de saúde — pode ser um recurso seguro e eficaz. “Cada criança é única. A orientação médica individualizada é o primeiro passo para entender as causas e definir um plano de ação.”
Os nutrientes que não podem faltar
Confira os nutrientes indispensáveis para um desenvolvimento saudável e suas principais fontes:
- Ferro: Vital para o desenvolvimento cerebral. Presente em carnes vermelhas, fígado, vegetais verde-escuros, feijão e lentilhas.
- Cálcio: Essencial para ossos e dentes fortes. Encontrado em leite e derivados, verduras, peixes e no feijão.
- Zinco: Importante para a imunidade e a função cognitiva. Boas fontes são carnes, cereais integrais, iogurtes e peixes.
- Vitamina A: Essencial para a visão. Presente em cenoura, manga, ovos, couve e leite.
- Vitamina D: Auxilia na absorção do cálcio. Está em ovos, sardinha, atum, cogumelos e outros peixes gordos.
- DHA (ômega-3): Garante o desenvolvimento do cérebro e da memória. Rico em salmão, sardinha, linhaça e nozes.
O papel da suplementação
A suplementação nutricional pode ser necessária quando a criança não consegue, por meio da alimentação, atingir os níveis mínimos recomendados desses nutrientes. De acordo com Turner, não se trata de substituir a alimentação, mas de complementar aquilo que não está sendo absorvido em quantidade suficiente. “É preciso cuidado, pois suplementar sem necessidade também pode trazer riscos”, completa o médico.
Caminhos para uma alimentação mais equilibrada
O pediatra reforça que a construção de hábitos alimentares saudáveis deve começar cedo e ser estimulada de forma positiva. A introdução alimentar adequada, o envolvimento da criança nas escolhas e a oferta constante de alimentos naturais são estratégias simples e eficazes.
A mensagem é clara: uma infância bem nutrida é a base de uma vida mais saudável e produtiva. E, diante do cenário atual, o acompanhamento pediátrico regular é fundamental para diagnosticar carências e propor soluções personalizadas.
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