Exame beneficia pacientes de alto risco e representa avanço no rastreamento e diagnóstico precoce da doença no Brasil.
O SUS (Sistema Único de Saúde) passou a oferecer a ressonância magnética das mamas como exame complementar para detecção do câncer de mama, conforme a Portaria SAES/MS nº 2.632, publicada no Diário Oficial da União neste mês. A medida é considerada um avanço importante no enfrentamento da doença no país.
Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o exame será especialmente benéfico para mulheres com risco aumentado, como aquelas com histórico familiar, mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, e que foram submetidas à radioterapia torácica entre os 10 e 30 anos. Pacientes com lesões suspeitas após biópsia também integram o público prioritário.
— “Cerca de 20% das brasileiras diagnosticadas com câncer de mama têm predisposição genética. Para essas pacientes, a ressonância é essencial para o diagnóstico precoce”, explica Rosemar Rahal, diretora da SBM.
A ressonância magnética é indicada quando mamografia e ultrassonografia são inconclusivas, para avaliação da extensão do tumor, suspeita de recorrência e monitoramento de implantes mamários. Utilizada desde 1986, a técnica permite uma visualização detalhada das estruturas das mamas e axilas.
A mastologista Annamaria Massahud Rodrigues dos Santos, secretária-adjunta da SBM, reforça que o exame contribui para decisões terapêuticas importantes, como cirurgias profiláticas em mulheres com mutações genéticas e uso de medicações específicas.
— “A oferta desse exame na rede pública representa um passo fundamental para ampliar o acesso ao diagnóstico preciso, reduzir o tempo entre suspeita e confirmação da doença e aumentar a sobrevida das mulheres brasileiras”, conclui Rosemar.
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