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Startup brasileira desenvolve plataforma digital que reduz perdas para varejistas e protege saúde dos consumidores

Foto: Divulgação

Startup brasileira desenvolve plataforma digital que reduz perdas para varejistas e protege saúde dos consumidores
 Paulo Lerner

ecnologia da SYOS garante qualidade dos alimentos com monitoramento em tempo real de refrigeradores em pontos de venda

Um serviço inovador que reduz as perdas para os comerciantes e garante a qualidade dos alimentos para os consumidores. A plataforma de gestão da cadeia de frio para o varejo desenvolvida pela startup brasileira SYOS otimiza a operação dos refrigeradores. Usando sensores sem fio e inteligência artificial, esta tecnologia garante a qualidade dos produtos com monitoramento em tempo real que alerta imediatamente diante de qualquer variação de temperatura que gere risco.

– Frio alimentar é coisa séria. Não adianta ser orgânico, vegetariano, vegano, sem glúten, sem açúcar etc. Não existe alimento de qualidade e saudável sem conservação adequada. Nossa missão é aumentar a segurança, eficiência e sustentabilidade da cadeia de frio que alimenta a população. Trazemos inovação para o mercado de sistemas de refrigeração com o objetivo de contribuir para a saúde da população, reduzir o desperdício e otimizar os equipamentos, com impacto na vida de todas as pessoas – afirma Paulo Lerner, CEO da SYOS.

A tecnologia desenvolvida pela SYOS pode ser facilmente instalada, sem necessidade de investimento pesado, obras e contratação de novos funcionários. A metodologia de monitoramento usa sensores sem fio posicionados nos refrigeradores e nas câmaras frias e alarmes inteligentes que permitem a detecção imediata de variação de temperatura que prejudique a qualidade dos alimentos expostos. Dessa maneira, o time de loja é alertado e pode agir rapidamente para evitar perdas ou mesmo deterioração dos produtos comercializados.

– Antes da chegada da SYOS, os varejistas só identificavam que o refrigerador estava com defeito quando o cliente reclamava e os produtos já estavam perdidos. Nossa tecnologia consegue predizer com antecedência de dias/ horas que um equipamento vai parar e a loja consegue agir pra evitar perda e garantir qualidade. Fora isso, com o uso da ferramenta, os equipamentos ficam menos tempo parados e observamos um aumento nas vendas e diminuição dos custos de manutenção – explica Lerner. 

O monitoramento do frio é obrigação de todo varejista alimentar, de acordo com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), mas ainda é frequentemente feito manualmente ou até mesmo negligenciado por grande parte das empresas. Um descaso que afeta a saúde de todos, já que a aplicação de baixas temperaturas na conservação de alimentos é fundamental para a diminuição da reatividade química e da atividade enzimática, além de inibir a multiplicação e a atividade de microrganismos. Segundo Lerner, a tendência é que o rigor da legislação neste setor aumente diante do volume de pessoas que adoecem pela ingestão de produtos mal conservados. 

Além dos problemas de saúde causados por alimentos deteriorados, a refrigeração inadequada compromete os lucros dos empresários devido à perda de produtos estragados pela refrigeração. Estudos indicam que o desperdício de alimentos no mundo chega a mais de 1,3 trilhões de dólares a cada ano.

Com foco no crescimento, a SYOS acaba de receber da Indicator Capital, gestora brasileira de venture capital early-stage, um aporte financeiro de R$ 12 milhões. A meta da startup para 2022 é chegar ao final do ano com mil lojas atendidas e, até 2024, multiplicar por dez o número de estabelecimentos entre supermercados, centros de distribuição, restaurantes, bares e até mesmo food trucks. O principal objetivo, no entanto, é ser cada vez mais reconhecido pelos consumidores como sinônimo de qualidade.

– Queremos criar um selo da SYOS para os produtos monitorados desde a fábrica até o ponto de venda. Dessa maneira, quem comprar alimento perecível terá certeza de que está levando para casa um produto que teve suas características 100% preservadas e que não oferece risco para a saúde, por exemplo, do seu filho – garante Lerner.

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