Projeto Aldeagar transforma aldeias de Beja em museus vivos no Alentejo
Redação
A iniciativa Aldeagar une tecnologia, turismo sustentável e patrimônio oral para transformar 15 aldeias de Beja, no Alentejo, em museus imateriais a céu aberto, com app interativo que convida o visitante a ouvir, ver e vivenciar histórias locais.
Uma viagem imersiva pelas raízes do Alentejo
No coração do Alentejo, uma das regiões mais preservadas de Portugal, o projeto Aldeagar está convertendo aldeias da cidade de Beja em museus vivos. A proposta oferece uma experiência de passeio em que ruas, casas, largos e monumentos ganham voz por meio de narrativas, memórias e tradições contadas pelos próprios habitantes. Mais do que turismo, trata-se de um modelo de valorização cultural e de escuta das comunidades rurais, que passam a ser protagonistas de sua própria história.
Tecnologia como ponte para o patrimônio oral
O nome “Aldeagar”, termo popular ligado ao ato de vagar sem pressa, traduz o espírito do projeto: caminhar, observar e descobrir. Pelo aplicativo Aldeagar (Android e iOS), o visitante transforma o percurso em uma experiência interativa. Painéis com QR Codes, espalhados por pontos de interesse, liberam conteúdos multimídia — de áudios narrados no estilo de podcasts a vídeos e recursos de realidade aumentada — que revelam histórias, personagens e ritos do território.
Ruralidade como acervo e destino
Cada aldeia se torna um capítulo vivo da cultura alentejana: caminha-se, ouvem-se vozes, cruzam-se afetos e aprendem-se tradições que antes permaneciam restritas à oralidade doméstica. Ao mesmo tempo, o projeto promove turismo sustentável, gera fluxo econômico e garante protagonismo às comunidades, que agora se reconhecem também como guardiãs de um museu imaterial a céu aberto.
