Montagem do clássico de Puccini, com direção de Livia Sabag, sucesso recente no Theatro Colón de Buenos Aires, abre a temporada de óperas da casa
Em março o Theatro Municipal de São Paulo tem como destaque o início da temporada de óperas de 2024. A ópera Madama Butterfly, de Puccini tem estreia a partir de 15 de março, e homenageia o centenário de morte do compositor. A Orquestra Sinfônica Municipal, toca a Segunda Sinfonia de Mahler, sob a regência de Roberto Minczuk nos dias 29 e 30 de março, e a Orquestra Experimental de Repertório, apresenta no dia 30 de março obra da compositora inglesa Doreen Carwithen e a Quinta Sinfonia de Shostakovich, sob a regência do maestro Guilherme Rocha.
A ópera Madama Butterfly, montagem que aporta no Theatro Municipal de São Paulo depois de uma bem-sucedida montagem no Teatro Colón, de Buenos Aires (Argentina). Quem assina a direção cênica é a premiada Livia Sabag, que ressalta o declínio social e o empobrecimento que acontecem na vida de Cio-Cio-San, evidenciando aspectos socioculturais e de gênero que desembocam no desfecho trágico. O machismo, tanto da cultura japonesa quanto americana, podem ser vistos sob os comportamentos racistas de Pinkerton, marinheiro com quem tem o filho, e por quem é abusada repetidamente. Nesta montagem também se explicita a tragédia anunciada da situação dramática e o público compreende a situação de risco que a jovem, que se converte ao cristianismo e assume cegamente que seu casamento é real e que é amada, enfrenta já no início do espetáculo, tendo nesse casamento não mais que um simulacro.
A regência é dividida pelos maestros Roberto Minczuk e Alessandro Sangiorgi. A cenografia fica a cargo deNicolàs Boni, a iluminação, de Caetano Vilela, o figurino de Sofia Di Nunzio, Matísas Otálora no vídeo e Mercedes Marmorek na assistência de direção cênica. Participa ainda da montagem o Coral Paulistano, sob a regência de Maíra Ferreira. Como a protagonista Cio-Cio San, as sopranos Carmen Giannattasio e Eiko Senda se dividem nas sessões.
No primeiro elenco, que se apresenta nos dias 15, 17, 20 e 23 de março, Celso Albelo interpreta Pinkerton, Ana Lucia Benedetti é Suzuki e Douglas Hahn interpreta Sharpless. Nas récitas de 16, 19 e 22 de 23, Enrique Bravo é Pinkerton, Juliana Taino, Suzuki, e Michel de Souza, Sharpless. Todas as récitas contam com Elaine Martorano como Kate Pinkerton; Jean William como Goro; Carlos Eduardo Santos como Príncipe Yamadori, Andrey Mira como Bonzo, Márcio Marangon como Yakuside, Leonardo Pace como Comissário Imperial, Sebastião Teixeira como Notário, Magda Painno como mão de Cio-Cio-San, Caroline de Comi como Prima de Cio-Cio-San e Graziela Sanchez como Tia de Cio-Cio-San. Cenografia, figurinos e adereços serão os mesmos apresentados no Theatro Colón em 2023, de modo que o público poderá conferir a personalidade deste trabalho agora em São Paulo.
A duração aproximada é de 170 minutos com intervalo, a classificação indicativa, de 12 anos e os ingressos vão de R$12 a R$165.
Serviço
Theatro Municipal de São Paulo
Praça Ramos de Azevedo, s/nº
Sé – São Paulo, SP
Capacidade Sala de Espetáculos – 1503 pessoas