Ícone da dramaturgia, Susana Vieira fala à Quem sobre envelhecimento, carreira na Globo, vida pessoal e como lida com o etarismo.
A atriz Susana Vieira é a capa da revista Quem no mês de abril. Em uma entrevista exclusiva, já disponível no site e redes sociais do veículo, a artista compartilha reflexões profundas sobre o processo de envelhecimento, sua trajetória de 54 anos na TV Globo, sua vida pessoal e sua relação com o público atual, que abrange diferentes gerações.
Com uma carreira sólida nas novelas brasileiras, Susana comenta os impactos de suas conquistas profissionais na própria história e na da sua família. “Tenho muito orgulho de fazer parte da Globo. São 54 anos. Criei meu filho sozinha, construí todo o meu patrimônio. Se tenho cinco imóveis, se ele estudou nos melhores colégios, foi graças ao meu trabalho na TV e no teatro”, afirma. Aos quase 83 anos, Susana se diz realizada e com “energia e vontade de seguir em frente”.
Atualmente, está em cartaz com o monólogo “Lady”, inspirado na personagem Lady Macbeth, de Shakespeare. A atriz destaca como sua arte permanece viva, inclusive entre o público mais jovem. “Virei meme, caí nas graças de fãs de todas as idades, desde os que me acompanham desde o começo até os que me conheceram por vídeos virais”.
Com seu estilo direto e bem-humorado, Susana também falou sobre sua vida amorosa. “No momento estou solteira. Mais voltada para minha família. Ao longo da vida, fiz escolhas: ou alguém para te bancar, ou a juventude. Preferi os mais novos. Entre a grana e a idade, fiquei com os mais jovens”.
A artista também discute a realidade do etarismo e como o envelhecimento é tratado socialmente. “É como se a gente virasse um sapato velho, que é jogado fora. Mas temos história, cabeça boa, vontade de fazer as coisas. Não se pode descartar quem é mais velho. Faço monólogo de Shakespeare, mais de uma hora e meia no palco, com humor e emoção. E estou com quase 83 anos”.
Susana finaliza reforçando a importância de reconhecer o valor da experiência: “Todo mundo tem pais, avós. Todo mundo, se Deus quiser, vai envelhecer. Por que nos tratam como se fôssemos descartáveis?”.
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