Especialista comenta que nenhuma empresa cresce sem um time comprometido e capacitado. Para ele, a gestão sistêmica vê as pessoas como um motor de qualquer negócio, e a construção de uma cultura organizacional forte é essencial no crescimento sustentável
Segundo o gestor empresarial Mateus Machry, o primeiro pilar para o crescimento de faturamento em pequenas e médias empresas é a gestão de processos e operações. O especialista diz que, na visão da gestão sistêmica, eles funcionam como o “sistema nervoso central” de uma empresa, pois conectam todas as áreas, garantindo que o trabalho flua com eficiência e eficácia. Ele pondera que cada etapa operacional deve ser mapeada, documentada e otimizada, eliminando todos os gargalos possíveis, desperdícios e redundâncias também. Nesse mapeamento de processos, busca-se identificar e padronizar todas as atividades realizadas na empresa (atendimento ao cliente, produção ou entrega de serviço).
A automatização visa implementar ferramentas e tecnologias que simplifiquem essas operações, reduzindo erros e economizando tempo — pode incluir sistemas de ERP, CRM, software de gestão de estoque ou logística —. Já a cultura de melhoria contínua monitora todos os indicadores-chave dos desempenhos (KPIs) e realiza auditorias periódicas para identificar áreas de melhorias constantes. Por outro lado, a integração setorial garante que as áreas trabalhem juntas para que todos os resultados sejam otimizados e que eles entrem nessa otimização. “Quando geramos os processos de forma integrada, as empresas conseguem alinhar esforços, reduzir custos, melhorar a produtividade e se tornam mais competitivas no mercado”, pontua.

Gestão financeira e controle dos custos
Machry destaca que o sucesso financeiro da empresa depende de uma gestão financeira sólida e estratégica. No entanto, para o gestor, esse é um ponto crítico que muitas pequenas e médias empresas falham em priorizar. Ele lembra que a gestão sistêmica vê o financeiro como base para decisões estratégicas e o crescimento sustentável — é preciso consultar os números empresariais para qualquer ação que o indivíduo for tomar.
O especialista ressalta que o planejamento financeiro detalhado cria um orçamento anual que contempla todas as áreas, projetando receitas, despesas e ajustando se for necessário.
Já o fluxo de caixa busca garantir que as entradas e saídas de dinheiro sejam controladas, mantendo sempre um saldo positivo para evitar problemas de liquidez. A gestão de custos inteligentes identifica os principais custos fixos e variáveis, buscando a renegociação com fornecedores e otimização de processos para reduzir as despesas desnecessárias.
Por fim, a análise de rentabilidade avalia quais produtos ou serviços são mais rentáveis e quais estão drenando recursos, realocando investimentos de forma estratégica. “A captação de recursos, quando necessária, busca financiamentos ou investidores com taxas de retorno variáveis para sustentar o crescimento da empresa. Com todas essas práticas, as empresas criam uma estrutura financeira resiliente, capaz de suportar crises e aproveitar oportunidades de mercado também”, aponta.
Marketing e a comunicação
Machry conta que, para o crescimento do faturamento, a empresa precisa vender mais e melhor. Isso começa com o marketing estratégico, que deve estar integrado ao restante da empresa — a gestão sistêmica trata o marketing como uma ponte entre o produto, o serviço e o cliente ideal. Neste pilar, o especialista divide o tema em cinco pontos específicos.
Segmentação do mercado: identifica o público-alvo com clareza, entende suas dores, desejos e comportamentos.
Posicionamento de marca: busca construir uma mensagem única e consistente que possa diferenciar a empresa no mercado e comunicar o valor real da empresa, do produto, do serviço ao cliente ideal e desejado.
Marketing de performance: analisa dados de campanhas em tempo real e ajusta as estratégias com base em resultados concretos é crucial, além de utilizar ferramentas, como Google Ads, rede social, e-mail marketing, para atrair os líderes qualificados.
Conteúdo educativo envolvente: através do marketing, criam-se matérias que agregam valor ao cliente, como blogs, vídeos, postagens em redes sociais, buscando construir uma autoridade, confiança e engajamento de comunidade.
Fidelização e engajamento: investir em um pós-venda sólido, criando uma experiência que transforma clientes em promotores da marca. Machry observa que, com o marketing de alavancagem, é criada uma experiência única para impactar o usuário. “Ele vira um divulgador da minha própria marca, do meu próprio serviço. Se faço isso de forma recorrente, tenho um crescimento exponencial de indicações, ao ponto de conseguir reduzir meus investimentos em marketing. Sabe por quê? Porque todos os clientes que estou impactando me trazem cada vez mais clientes”, esclarece.
Gestão de pessoas e cultura organizacional em cinco etapas
Capacitação contínua: é fundamental oferecer treinamentos, desenvolvimento profissional para que os colaboradores tenham as habilidades necessárias para alcançar os objetivos estratégicos.
Alinhamento de metas: é preciso comunicar claramente os objetivos que a empresa tem, garantindo com que cada colaborador entenda o seu papel.
Reconhecimento e motivação: implementar políticas de incentivo, como bonificações e reconhecimento público, mantêm os colaboradores engajados no plano criado pela empresa.
Liderança inspiradora: é preciso formar líderes que saibam gerenciar as pessoas com empatia, clareza, foco e sem resultados. A gestão da empresa passa a mensagem para os líderes e eles passam para todo o time.
Cultura de pertencimento: é necessário criar um ambiente de trabalho que promova o bem-estar, a colaboração e o alinhamento com os valores da empresa.
Expansão comercial e estratégia de vendas as vendas
Estratégia de prospecção: identifica potenciais clientes e cria uma abordagem específica para cada segmento do mercado — as pessoas se comunicam de forma particular, e a empresa precisa adaptar sua mensagem para determinado grupo de clientes que ela tenta atingir.
Funil de vendas eficiente: para desenvolver um funil claro, é necessário guiar o cliente desde o primeiro contato até a conversão, permitindo a ele acompanhar cada etapa do processo de venda.
Treinamento da equipe comercial: é preciso capacitar os vendedores para entenderem o produto e o serviço que estão vendendo. Além disso, eles necessitam ser capazes de comunicar o valor que este produto entrega (falar a linguagem que o cliente entende).
Relacionamento com o cliente: os vendedores precisam construir uma base de clientes fiéis por meio de atendimento personalizado e resolução rápida de problemas, criando a sua base de vendas (criada com relacionamento profundo nos valores e interesse dos clientes). “É importante ter sempre uma mensagem diversificada. A essência, os valores do produto e do serviço são mantidos, mas eles são modificados na forma de comunicar de acordo com os valores que o cliente entende”, afirma.
Escalabilidade: implementa processos de vendas replicáveis, que permitem à empresa aumentar o volume de vendas sem comprometer a qualidade. Quando as vendas estão alinhadas ao marketing e às operações, a empresa cria um círculo virtuoso — o crescimento é sustentado por ações estratégicas e integradas.
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