A Ibis Libris Editora lança a biografia “Prudente de Moraes – O Santo Varão”. Neste ano, a eleição do ex-presidente completa 130 anos. Thereza Christina Rocque da Motta, autora do livro, é trineta do ex-presidente paulista.
Quando Prudente de Moraes se candidatou à presidência em 1894, ele venceu Floriano Peixoto e deu início a uma administração que parecia impossível. Os florianistas deixaram o governo depauperado. Floriano não compareceu à posse de Prudente. O presidente eleito assumiu no Senado e entrou no Palácio Itamaraty tão lépido quanto saíra de Piracicaba. Pelo trabalho exaustivo de reconciliação de opostos, foi chamado “O Pacificador”.
O jornalista José do Patrocínio chamou Prudente de Moraes de “Santo Varão”, após o atentado de Cinco de Novembro. Ele uniu os extremos após a Proclamação da República e o governo bélico de dois marechais. Além disso, reconciliou o Brasil com Portugal, pôs fim à Revolução Federalista, deixando o país pronto para recomeçar, quando adoeceu. Ao se ausentar da presidência por conta de uma licença médica, em novembro de 1896, seu vice, o baiano Manoel Victorino, deu início à refrega que custou a vida de muitos: a Guerra de Canudos.
Uma Santa chamada Aparecida
Durante um ano, houve uma conspiração em andamento e todos dentro do Exército, da Câmara dos Deputados e do Senado sabiam, em detalhes, quem dispararia a arma contra o presidente. Até o próprio vice perguntava ao mentor intelectual do crime, Capitão Deocleciano Martyr, se tudo já estava acertado. Em 5/11/1897, em meio ao regresso das tropas da Bahia, Marcelino Bispo, um joguete nas mãos de homens muito mais poderosos que ele, apontou a garrucha contra o peito de Prudente. Ele a encostou exatamente onde estava uma imagem de Nossa Senhora Aparecida no bolso interno de sua sobrecasaca. Por um milagre, a arma falhou, e ao se interpor diante do anspeçada, o Marechal Bittencourt, morreu esfaqueado, salvando a vida do Presidente. Prudente declarou estado de sítio e mandou prender os conspiradores que tramaram matá-lo.
Dois meses depois, o assassino do Marechal foi encontrado morto em sua cela, nada mais se apurou e os golpistas não foram punidos. Porém, ao sobreviver, a popularidade de Prudente cresceu e, um ano depois, ele deixou o cargo, aclamado pelo povo. Retornou a Piracicaba, onde reassumiu sua banca de advogado, até falecer em 3 de dezembro de 1902. Este foi o homem que enfrentou golpes de todo tipo, o primeiro presidente civil eleito por voto direto: Prudente José de Moraes Barros.
Sobre a autora
Thereza Christina Rocque da Motta nasceu em São Paulo, em 1957, é trineta de Prudente de Moraes pelo lado materno, descendendo da filha primogênita, Maria Amélia de Moraes Barros, casada com o médico João Baptista da Silveira Mello, pais de Maria Thereza Silveira de Barros Camargo, casada com o engenheiro Trajano de Barros Camargo, pais de Maria Thereza de Barros Camargo, mãe da autora, que é advogada, tradutora, poeta e editora da Ibis Libris.
Ficha técnica
- Editora: Ibis Libris Editora
- Preço: R$ 80,00
- Autora: Thereza Christina Rocque da Motta
- ISBN: 978-85-7823-406-5
- Idioma: português
- Edição: 1ª
- Encadernação: brochura
- Número de páginas: 332
- Formato: 16cm x 23cm
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