Crianças até dois anos não devem consumir açúcar, e o excesso de chocolate pode causar desconfortos e doenças como obesidade e diabetes.
Com a chegada da Páscoa, aumenta o apelo comercial dos ovos de chocolate, especialmente entre as crianças. Apesar da empolgação natural com a data, especialistas alertam para a necessidade de moderação no consumo da guloseima. Segundo o médico pediatra Antonio Carlos Turner, diretor da rede de clínicas Total Kids, o exagero pode trazer consequências sérias à saúde infantil, que vão desde desconfortos digestivos imediatos até problemas crônicos, como obesidade e diabetes.
Crianças até dois anos não devem consumir açúcar
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), nenhuma quantidade de açúcar deve ser oferecida a crianças com menos de dois anos. “Antes dessa idade, os órgãos ainda estão em formação e não conseguem metabolizar o açúcar corretamente, o que pode comprometer a saúde da criança a longo prazo”, explica Turner.
Mesmo após essa fase, o consumo deve ser controlado. A recomendação da SBP é limitar o açúcar a 25g por dia, com um máximo de 50g diários.
Escolha dos ovos: mais cacau e menos açúcar
Além da quantidade, a qualidade do chocolate oferecido às crianças também deve ser observada. O pediatra recomenda opções com mais de 40% de cacau e menos adição de açúcar. “Quanto maior o teor de cacau, maiores os benefícios para a saúde”, afirma.

Outro ponto de atenção são os brindes que acompanham os ovos. Turner orienta que os responsáveis verifiquem o selo do Inmetro e a faixa etária indicada na embalagem. “Nem todo brinquedo é seguro para todas as idades. A presença dos pais no momento de abrir o ovo é essencial para garantir segurança e também partilhar da alegria da criança”, completa.
Riscos do consumo excessivo
O excesso de chocolate pode causar desconfortos imediatos, como dor abdominal e diarreia, mas os impactos mais graves são os de longo prazo. “A ingestão contínua de grandes quantidades de açúcar está diretamente ligada ao desenvolvimento da obesidade infantil e de doenças metabólicas como o diabetes tipo 2”, alerta o pediatra.
Ele lembra que, durante a Páscoa, o papel dos responsáveis é estabelecer limites claros. “O chocolate pode estar presente, sim, mas de forma equilibrada, sem transformar a ocasião em um risco à saúde”, diz Turner.
Alternativas saudáveis e presentes criativos
Nem tudo precisa girar em torno do chocolate. Turner sugere outras formas de comemorar a Páscoa, especialmente com crianças pequenas. “Coelhos de pelúcia, livros interativos e jogos educativos são alternativas que alegram as crianças sem comprometer sua saúde”, afirma.
Além disso, é importante ensinar desde cedo que o consumo de doces deve ser excepcional, reservado a momentos especiais. “A Páscoa é uma ocasião de celebração, e não um hábito diário. Essa percepção pode ser construída com o exemplo e orientação dos pais”, reforça o especialista.
Dr. Antonio Carlos Turner
Médico pediatra
Diretor da Rede de Clínicas Total Kids
Especialista em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)
CRM 52.46852-4 | RQE 49635
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