Queda de cabelo em homens: genética, estresse e os tratamentos mais eficazes segundo especialista
Dermatologista explica os principais fatores por trás da calvície masculina, os tratamentos modernos disponíveis e alerta: quanto antes o tratamento for iniciado, melhores os resultados
A queda de cabelo é uma das maiores queixas nos consultórios dermatológicos masculinos e, em muitos casos, começa já na juventude. Segundo o Dr. José Roberto Fraga Neto, médico dermatologista responsável pelo setor de cabelo do Instituto Fraga de Dermatologia, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Associação Brasileira de Cirurgia da Restauração Capilar (ABCRC), a genética ainda é o principal fator envolvido.
“A causa mais comum da queda de cabelo em homens é a alopecia androgenética, conhecida como calvície masculina. É uma condição hereditária, influenciada pelo hormônio DHT, que provoca o afinamento e a miniaturização dos fios ao longo do tempo”, explica o especialista.
Apesar disso, o médico alerta que nem toda queda tem origem apenas genética. Estresse, deficiências nutricionais, doenças autoimunes e dermatológicas também podem impactar a saúde capilar. O estresse, por exemplo, pode desencadear o chamado eflúvio telógeno, uma condição em que os fios entram precocemente na fase de queda.

“Além de influenciar o ciclo capilar, o estresse aumenta a liberação de substâncias inflamatórias que podem comprometer os folículos pilosos, especialmente em pessoas com predisposição genética”, comenta.
O diagnóstico precoce é fundamental para um tratamento eficaz. O exame de tricoscopia, uma espécie de lupa digital de alta resolução, é um dos principais recursos utilizados na avaliação clínica. Já exames laboratoriais e, em alguns casos, biópsias do couro cabeludo, ajudam a identificar causas internas da queda.
Em relação aos tratamentos, Dr. Fraga Neto reforça que os medicamentos finasterida (ou dutasterida) e minoxidil seguem sendo o padrão-ouro no combate à alopecia androgenética.
“São medicações com eficácia comprovada. A finasterida age bloqueando o DHT, enquanto o minoxidil prolonga a fase de crescimento dos fios. Ambos são seguros, mas devem ser utilizados com acompanhamento médico para minimizar efeitos colaterais e otimizar resultados”, afirma.
Além dos medicamentos, o especialista destaca a importância dos tratamentos complementares, como fotobiomodulação, microagulhamento, terapias injetáveis (como mesoterapia e MMP) e até o transplante capilar, nos casos mais avançados. A escolha depende do grau da calvície, da idade do paciente e da resposta ao tratamento inicial.
Sobre a alimentação e suplementação, o médico é categórico:
“Uma alimentação equilibrada é importante, mas a suplementação só deve ser feita se houver deficiência comprovada. O uso indiscriminado de vitaminas pode atrasar o tratamento correto.”
Por fim, Dr. Fraga Neto aproveita para desfazer mitos que ainda rondam o universo da calvície:
“Usar boné, lavar o cabelo diariamente ou cortar os fios com frequência não causam calvície. São mitos persistentes. O mais importante é buscar informação de qualidade e não adiar a consulta com um dermatologista.”
O alerta final do especialista é claro: quanto antes se inicia o tratamento, melhores as chances de preservar os fios e evitar falhas permanentes.
Fonte:
Dr. José Roberto Fraga Neto, médico dermatologista responsável pelo setor de cabelo do Instituto Fraga de Dermatologia, Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Associação Brasileira de Cirurgia da Restauração Capilar (ABCRC).
Podcast edinhotaon/ Edno Mariano
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